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"Yo no Creo en Brujas. Pero que las Hay, las Hay" - #5

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Com enormes narizes, vassouras voadoras e caldeirões borbulhantes, as bruxas são assim representadas na cultura popular contemporânea. O que se sabe, é que todo mito e toda lenda, tem uma raiz histórica que se encrava na mentalidade popular de sua determinada época e, diferentemente da areia do deserto, permanece imutável. O mesmo serve para a ideia de mulheres que supostamente praticam feitiços e afins: as bruxas. Consideraremos "bruxas" todas as mulheres que tinham uma prática oposta ao contexto hegemônico medieval e da inquisição. 1. Contexto Medieval O contexto social da bruxaria, pelo menos da forma que hoje se conhece, data do período do ocidente medieval (476-1453). Com o enrijecimento das mentalidades judaico-cristãs no Europa, após o fim dos grandes impérios clássicos, estabeleceu-se uma mentalidade anti-sexual e celibatária. Diferentemente do que se pensa, o problema da Igreja com as bruxas não estava estritamente associada diretamente à figura do Diabo

Quebrando Pré-Conceitos: Feminismos - #4

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Preâmbulo: O Símbolo de Vênus Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, feminismo pode ser definido como:   1.  doutrina que preconiza o aprimoramento e a ampliação do papel e dos direitos das mulheres na sociedade;  2.  movimento que milita neste sentido;  3.  teoria que sustenta a igualdade politica, social e econômica de ambos os sexos  [...] No Brasil do século XXI, o termo gera polêmicas, impasses e debates, por haver uma relação errônea de superioridade do sexo feminino (femismo) com o feminismo, que se trata de uma luta justa pelos direitos das mulheres de todas as etnias e gêneros. Se trata de um movimento secular, necessário e decisivo quando relacionado ao papel da mulher na sociedade e, cada vez mais depredado pela figura do patriarcado, que impõe à vítima o contraponto à sua própria salvação. Apesar de todos os direitos conquistados como o direito ao sufrágio, à educação, à independência e ao trabalho, há desigualdade salarial e funcional; uma média 12

O Brado Retumbante: Independência ou Morte (1821-1825) - #3

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Preâmbulo: Em 1789, a Tomada da Bastilha , também chamada de Revolução Francesa , derrubou a monarquia na França. Depois de diversos processos históricos, um general chamado Napoleão Bonaparte chegou à regência da França se proclamando Imperador. Com um comportamento megalomaníaco, se dá início a um processo de guerras por tomadas de territórios pela Europa, as famosas Guerras Napoleônicas (1803-1815). À Inglaterra, inimiga secular da França e grande potência marítima, foi imposto um Bloqueio Continental, que negava aos países europeus qualquer tipo de interação comercial com a Inglaterra. Portugal, em contraponto ao bloqueio, mantinha suas relações com a Inglaterra, se tornando um foco para a invasão francesa. Em novembro de 1807, as tropas napoleônicas atravessam a fronteira entre Portugal e Espanha, forçando a fuga da família real portuguesa (escoltada pela marinha britânica) para uma de suas colônias, o Brasil. Com a chegada da família a Salvador, em 1808, é decretad

Uma Dose de Cultura - #2

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O termo "cultura" está empregado na fala popular como conhecimento, para definir uma pessoa erudita e até mesmo para desqualificar algum grupo dentro da sociedade. Afinal, o que é cultura?  A cultura, segundo o antropólogo britânico Edward Tylor, é tudo, material e imaterial, produzido pelo Ser Humano. E o que isso quer dizer? Simples! Nossas músicas, danças, roupas, falas e sotaques, língua e até mesmo religiões. Cultura é um "ser dinâmico", pois se adapta, acumula, perde, novos conceitos surgem e derrubam velhos conceitos. Toda mudança de cultura é recebida com resistência, já que é complicado desconstruir conceitos morais. No entanto, essas mudanças são de grande importância para manter a sociedade harmônica e funcional, por exemplo: a aceitação da homossexualidade, vai contra valores morais enraizados na sociedade, mas é necessária e justa, pois a sociedade é para todos e todas e devemos todos respeitar as diferenças. Sobre o Etnocentrismo e Preconceito

Apresentações - #1

Quem somos? João Lúcio Gusman: futuro historiador e autor dos textos. Tânia M. Gusman: pedagoga, advogada, formada em Estudos Sociais e revisora. Para quem? Por quê? A priori, o intuito do blog "Papo de Historiador" visa compartilhar para curiosos, leigos e estudantes o bem imaterial do conhecimento histórico. Evitando jargões específicos, partes chatas e complicadas, se trata a história de forma sucinta, mas não escassa. Vale ressaltar também que a história é um instrumento de informação e conscientização, dispensando tendências (por mais que para a linguística, todo texto seja ideológico) e reconhecendo a importância de personalidades históricas, com seus prós e seus contras, sejam Auguste Comte e Karl Marx, ou também teóricos da área como Eric Hobsbawm e Marc Bloch. Nós, do "Papo de Historiador", desejamos uma boa viagem no tempo e na sua própria identidade como nação, povo e cultura. "Um povo que não conhece a sua história, está fadado a repe